O ex-jogador Olegário Tolói de Oliveira ou simplesmente Dudu, foi um dos maiores volantes do Palmeiras e do Brasil, hoje, trabalha na prefeitura de São Paulo onde supervisiona o futebol e as escolinhas nos CDC’s. Dudu é natural de Araraquara, e, em 1964, vindo da Ferroviária, chegou ao Palmeiras. Por conta de suas habilidades defensivas e pela raça, foi um dos destaques do time, que ficou conhecido como ‘Academia de Futebol’ ao lado de Ademir da Guia, Leão, Luís Pereira entre outros. Jogou 609 partidas defendendo a camisa do Palmeiras e conquistou dois Campeonatos Brasileiros em 1972 e 1973.
Dudu, com alegria visível em seus olhos, falou do projeto que desenvolve junto com as crianças na região de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Um projeto muito bonito, que visa incluir a criança carente daquela região à sociedade. Atividades esportivas e culturais fazem parte do trabalho que Dudu tanto se orgulha de fazer.
Empolgado com o sucesso de seu trabalho junto às crianças, por meio, das escolinhas de futebol da prefeitura, Dudu, ressalta a importância do trabalho que a secretaria Municipal de Esportes junto com as subprefeituras para a organização de campeonatos. “A Prefeitura organiza os Jogos da Cidade e proporciona a todos da várzea a participação de vários campeonatos o ano inteiro. É um indicio de que o esporte varzeano de São Paulo não está esquecido. Além de outras entidades que promovem outros campeonatos, como a Copa Kaiser, entre outros.”
Escolinhas - Para Dudu, há muitos bons jogadores na várzea, mas não como nas décadas passadas. “Temos que entender que o futebol, assim como a vida, mudou. Hoje é diferente, pois, encontrar aqueles talentos que tínhamos na várzea há 30 ou 40 anos atrás, é raro. Hoje o garoto para se transformar em um bom jogador tem que entrar em uma escolinha”, disse.
Para Dudu, o caminho para se tornar em jogador de futebol são as escolinhas. “A Prefeitura dá todo este suporte com várias escolinhas espalhadas pela cidade. Antes, o craque nascia na várzea, hoje é preciso trabalhar o jogador desde pequeno. É preciso trabalhar os fundamentos com objetivo de possibilitar certas habilidades aos garotos. Antes a pessoa nascia craque, hoje é preciso fabricá-lo, pois, o jogador de futebol de hoje adquire toda a base nas escolinhas, tanto da prefeitura, quanto as particulares”.
Gramado sintético – Um dos diferenciais da várzea de São Paulo é a transformação dos terrões para a grama sintética e, segundo Dudu, isso tem revolucionado a várzea, principalmente as escolinhas. “A grama sintética proporciona um novo comportamento no meio do aprendizado. Os garotos se sentem mais empolgados e se acostumam a utilizar estes campos. Já é uma tendência. Acho que no futuro, todos os campos de futebol profissional serão sintéticos, daqui há 10 ou 15 anos.”
Para Dudu, uma nova tendência na várzea são os campeonatos de veteranos, onde se percebe um maior interesse por pessoas acima dos 40 anos. “Estamos sempre preocupados com a várzea de São Paulo. Ficamos contentes quando todos os sábados e domingos, todos os CDC’s espalhados pela cidade estão sempre lotados, principalmente em jogos de veteranos”.
Sérgio Pires
Sérgio Pires
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