Pela mudança do Campeonato Paulista e criação de um ranking



Um campeonato logo, chato, com jogos fracos, times horríveis e total desinteresse dos jogadores, clubes e da torcida. Este é o Campeonato Paulista. Há anos em decadência, este campeonato já foi um dos mais importantes do país, com times do interior que eram inesquecíveis como o Guarani de 1978 ou Ponte Preta de 1977-1981, a Inter de Limeira de 1986, entre outras equipes. Sem falar dos times que revelavam grandes atletas. Mas, nos últimos cinco anos, estamos assistindo um campeonato sem graça alguma, principalmente com esta fórmula longa.

Hoje, o Campeonato Brasileiro é o mais importante. A Copa do Brasil se constitui a partir deste ano, com a participação de todos os clubes já classificados na Copa Libertadores, como o segundo campeonato mais importante do país. Os campeonatos regionais, cabe então as federações a realização, em um período de 4 meses (janeiro a maio).

Como consequência dos “regionais” a pré-temporada dos atletas fica cada vez mais curta, e como consequência, os jogos acontecem como times e jogadores de baixo nível.

Campeonato Paulista
Muito se discute sobre as fórmulas do Campeonato Paulista. Alguns sugerem que o campeonato deveria ser disputado por apenas 10 equipes. Outros afirmam que dividir os participantes em grupos seria uma solução.
Acredito em uma hipótese que pode parecer absurda, mas que faz sentido, ou seja, o Fim das divisões do Campeonato Paulista e a criação de um ranking. Hoje existem mais de 100 clubes ligados diretamente à Federação Paulista.

Os 20 melhores ranqueados (1ª Divisão) seriam cabeças de chaves. Os demais clubes participariam de uma seletiva regional, desta forma estimulariam clássicos como Comercial x Botafogo em Ribeirão Preto, entre outras centenas de clássicos de histórias e culturas espalhadas pelo interior que não acontecem mais por conta destas divisões A1, A2, A3, Segunda Divisão... Isso tem que acabar.

Os classificados nestas seletivas regionais iriam direto para um dos grupos; ou seja, cada grupo com cinco times, com jogos de ida e volta. Classificariam 2 equipes. Daí em seriam divididos em mais grupos e, assim sucessivamente até chegar à final.

Podem ser várias fórmulas de disputa, mas de imediato deve-se acabar com as divisões e a criação de ranking Paulista.

Futebol deixa de ser 'esporte' e pode perder praticantes no Brasil



Aqueles jogos com a bola como, “gol a gol”, “três dentro, três fora”, “bobinho”, “com camisa e sem camisa” entre outras brincadeiras lúdicas que envolviam o futebol, estão com os dias contados. A pesquisa da Fundação Santo André “O uso do futebol pela mídia televisiva brasileira: o futebol tratado como mercadoria” realizada pela socióloga Priscila Sanches e orientada pelo professor Carlos Cezar Almendra, revela que o futebol deixa de ser esporte e passa ser parte da cultura massa, apenas como entretenimento e aos poucos perde praticantes no Brasil, e com isso, suas inúmeras brincadeiras tendem a desaparecer.
O trabalho foi apresentado no final do ano passado e aponta que o futebol ainda é, por enquanto, a modalidade esportiva mais praticada no país, porém, diferente do que foi no passado. Antes, o esporte era lúdico e agregava as pessoas, transformando-o no esporte mais democrático. Hoje, o futebol é voltado para a televisão, pois é ela que tem o papel de organizar a modalidade no país.
Segundo a socióloga, a principal característica do futebol profissional é vencer a todo custo. O atleta precisa mostrar resultado imediato e isso reflete no amadorismo, nas escolinhas de futebol e também nas aulas de educação física. “Todos estão influenciados que o ‘vencer’ é o mais importante, e acaba com o lúdico e com as brincadeiras que eram propiciadas pelo esporte e com isso há uma diminuição do interesse de muitas crianças em praticar o futebol”, disse.
Segundo a pesquisadora, tudo é pensado para o marketing e nas propagandas, e o atleta é o que tem menos participação, colocam o papel do jogador em segundo plano e, eles nem se importam, devido aos seus altos salários. “Para ter uma ideia, na Copa do Mundo no Brasil em 2014, já existem jogos marcados no nordeste para às 13h, que é um horário impróprio devido ao calor, porém é voltado para as televisões da Europa”, informou.
Isto se reflete também na mídia que cobre o futebol, pois antes, o jornalista esportivo não tinha tanta importância como se tem hoje. As coberturas jornalísticas de esportes eram realizadas pelos estagiários. “As televisões quando falavam sobre futebol não tinham tanta propaganda como tem hoje. Atualmente as grandes empresas querem ter suas marcas atreladas ao futebol e, para isso, pagam milhões”, comentou.
De acordo com a pesquisadora, foi a partir de 1955 quando as primeiras partidas começaram a serem transmitidas ao vivo. “No Brasil, a partir do Clube dos 13, o marketing ganhou força, com grande campanha com o apoio da televisão”.
O futebol hoje é uma iniciativa privada que proporciona o espetáculo. “Afinal, o futebol deixou de ser esporte para ser parte da indústria cultural dentro da sociedade de consumo”, conclui Priscila Sanches.
Sérgio Pires

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