Pobre futebol paulista, quem te viu e quem te vê. Um campeonato que já foi um dos mais tradicionais do país teve jogos memoráveis, como as finais de 77 e 79 entre Corinthians e Ponte Preta, ou aquela final entre Palmeiras e Inter de Limeira, de 86, quando pela primeira vez na história um time do interior desbancou uma equipe grande em pleno Morumbi, entre outros jogos com mais de 100 mil torcedores no estádio.
Época em que as bandeiras, como dizia o locutor Osmar Santos, “trimulavam”, e o show das arquibancadas eram outro espetáculo. Porém, o tempo passou, e o futebol paulista perde o tempero, perde a poesia ao ver uma final entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro para pouco mais de 15 mil torcedores. Acho que a “Fazendinha” do Corinthians caberia mais pessoas.
Em todos os estados brasileiros, a final requer um local de grande concentração de torcedores, pois é a final, é festa. Mas, não é assim que pensam os cartolas paulistas, por conta de uma briga política, voltam ao amadorismo e escolhem a Vila como palco final. Nada contra a Vila mais famosa do mundo, mas não pode ser palco de uma final de um campeonato que já foi o mais importante do país.
Afinal, o Santos já disputou inúmeras finais de paulistas e campeonatos brasileiros no Morumbi e no Pacaembu com o estádio repleto de santistas, que tem um grande privilégio: de possuir praticamente duas sedes, sendo uma Sampa e outra na baixada, com torcedores fanáticos nas duas cidades e espalhados pelo país. O Paulistinha com final na Vila é para quem?
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