Figueirense: tradição e confraternização

Cezar Braz ex-Portugesa e Jorge Roberto da Silva, Fumão, ex-Atlético do Paraná

Virgilio Figuira, diretor do Figueirense

Francisco Figueira, presidente do Figueirense

Gilberto Sorriso, presenciou a festa

Jornalista Sérgio Pires ao lado de Gilberto Sorriso

Fumão ao lado de Paulinho das Arábias

Em meados de 1973 em uma travessa da Avenida Cupecê, no Jardim Cidália na zona sul de São Paulo, o time de futebol amador o Clube Atlético Figueirense, após uma reunião de amigos, quando Francisco Figueira resolveu montar a equipe. Daí em diante foram 19 anos de história de sucesso, onde o time disputou todos os principais torneios do futebol amador, como o Desafio ao Galo, Copa Arizona, entre outros torneios. O time que revelou vários craques para o futebol profissional acabou em 1992, porém todos os atletas que atuaram na equipe se confraternizam todos os anos até hoje, tanto, que na última sexta-feira, dia 24, na véspera de natal os ex-jogadores se reuniram em confraternização.

O encontro de ex-atletas contou com a presença dos familiares dos jogadores, que puderam matar a saudade dos tempos de atuação nos campos da cidade. Jorge Roberto da Silva, de 53 anos, conhecido como Fumão, foi um dos atletas revelados pelo time. Ele atuou como ponta-esquerda no Atlético Paranaense, depois jogou no interior do Estado, pelo Barretos e Amparo. “Este encontro é essencial para manter viva a nossa história”, disse.

Outro ex-atleta do time, Cezar Braz, de 59 anos, jogou no juvenil da Portuguesa e em seguida atuou no futebol amador. Atuou pelo Cruzeiro de Diadema, Figueirense, Indiano e Clube do Mé. Foi eleito duas vezes o Chuteira de Ouro, título dado como melhor atleta da antiga Copa De Paula Esportes, que era transmitida pela TV Gazeta. “Tenho carinho por todas as equipes por onde passei, mas o Figueirense e o Cruzeiro de Diadema são especiais”, revelou.

Um dos presentes ao evento foi o ex-jogador do Santos Futebol Clube, Gilberto Sorriso, que após atuar como jogador profissional, jogou no Cruzeirinho da Fagundes Filho, do bairro de São Judas, na zona sul de São Paulo. “Isso é que não pode acabar no futebol. Há vários anos esta festa acontece e a cada ano se renova com os filhos dos ex-jogadores. É uma tradição que não pode acabar”, afirmou.

Outro ex-jogador profissional presente à festa foi Paulo Rogério Schiavo, de 48 anos, mais conhecido como Paulinho das Arábias. Paulinho foi um dos primeiros jogadores profissionais do Brasil a jogar no Oriente Médio. Segundo ele, era comum técnicos atuarem lá como Parreira e Evaristo de Macedo com quem trabalhou. Paulinho jogou em equipes como: Nacional, VX de Jaú, Juventus e Arábia Saudita. Ao retornar ao Brasil, jogou no Estrela da Vila Santa Catarina, onde disputou o Desafio ao Galo.

Para o diretor do Figueirense, Virgilio Figueira, o evento é tradição. Mesmo encerrado há 18 anos, o Figueirense mantém a tradição e a confraternização do Jardim Prudência.

Para Milton Neves o futebol de várzea atual acontece para vender cervejas


Milton Neves no Workshop no Sindicato dos Jornalistas

Repórter Sérgio Pires ao lado de Milton Neves
Para o jornalista esportivo Milton Neves o futebol de várzea atual acontece com interesses bem diferentes em relação ao passado. Para o jornalista, as competições atuais têm como objetivo vender cervejas e não revelar craques como foi no passado, quando existiam campeonatos como o Desafio ao Galo, que revelou dezenas de jogadores de futebol para os grandes clubes, e também alguns jornalistas que cobriam o evento.

A entrevista com o jornalista aconteceu em uma tarde de sexta-feira, dia 10 de dezembro, quando Milton Neves conversou com estudantes e jornalistas no workshop que reuniu mais de 60 participantes na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O tema foi o trabalho da assessoria de comunicação em eventos esportivos como a Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016, que serão realizadas no Brasil.

Para Milton Neves, o futebol de várzea não tem a mesma essência do passado. “Já fui convidado a entregar vários troféus para os campeões de alguns torneios, e não vejo estes campeonatos atuais como àqueles disputados no passado, pois são torneios diferentes, o antigo revelava jogadores e estes vendem cervejas”, disse.

O evento realizado no sindicato foi organizado pela Comissão Permanente e Aberta de Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CPAJAC), do Sindicato, coordenada pelo jornalista Sylvio Micelli, que compôs a mesa de apresentação do evento.


Copa do Mundo: alguém se lembra?

Em dezembro de 2009, a imprensa brasileira e a grande mídia só tinham um assunto em pauta: Copa do Mundo. Tinha uma série de reportagens específicas sobre a Copa, além da contagem regressiva para o maior torneio esportivo do planeta. Havia também aquela expectativa dos convocados por Dunga, especulações e mais especulações. Veio a convocação e aí houve a primeira decepção dos brasileiros. Coerente com seu pensamento e com o time, Dunga não trouxe nenhuma novidade referente à sua seleção, que se classificou para a Copa com uma das melhores campanhas, mesmo sem apresentar um bom futebol.

Veio a Copa do mundo com seleções fracas, futebol previsível, sem muitas novidades, e para variar e como todos esperavam a seleção canarinho foi eliminada pela Holanda e Dunga foi massacrado pela mídia. O Campeonato Brasileiro recomeça e com jogos fracos, assistimos a briga pelo título por três grandes clubes: Fluminense, Cruzeiro e Corinthians, e vimos também à empolgação que as equipes do Palmeiras e São Paulo entraram em campo para jogarem contra o Flu.

Enfim, o ano de 2010 acabou sem deixar saudades para o futebol brasileiro, principalmente para os paulistanos, que amargaram pelo segundo ano consecutivo o título brasileiro de um clube do Rio de Janeiro, nada contra os cariocas, mas sim contra os comandantes do futebol brasileiro e a grande mídia que sempre privilegia os clubes do Rio.

Mata-Mata

A emoção de uma final e para incentivar os jogadores e os torcedores é a volta do estilo antigo, sou seja, com semifinal e final. Tentar imitar o Campeonato Italiano ou alguns campeonatos disputados na Europa é pura idiotice, afinal quantos clubes grandes existem na Itália? Talvez uns dois ou três, mas nada comparado ao brasileiro que tem pelo menos 13 clubes grandes (para citar o clube dos 13) e tem ainda os clubes de médio porte, capaz de lotar estádios com capacidade de 60 mil pessoas. A fórmula antiga ainda é a melhor. Dizer que os pontos corridos privilegiam a melhor equipe é em termos, pois a equipe campeã sabe passar por todos os obstáculos, como acontece na Copa do Mundo ou mesmo na UEFA.